Você já ouviu falar em diástase? Talvez nunca tenha escutado esse nome, mas conheça bem o incômodo: aquela saliência no meio da barriga que parece não melhorar nem com dieta, nem com treino. Pois bem — o nome técnico é estranho, mas o problema é mais comum do que parece. E, quando o afastamento entre os músculos abdominais é acentuado, a solução pode mesmo ser cirúrgica.
O que é diástase?
A diástase dos músculos retos abdominais acontece quando há um afastamento anormal entre os músculos que formam a “parede da frente” da barriga. Esse espaço é mantido por uma estrutura chamada linha alba, que pode se distender ou enfraquecer em situações como:
- Gravidez (sobretudo múltiplas ou com bebês grandes)
- Ganho e perda brusca de peso
- Enfraquecimento muscular associado à idade
O resultado? Uma barriga com aparência de estufada ou flácida, muitas vezes acompanhada de desconforto postural, dores lombares e até alterações funcionais — como dificuldade para sustentar a postura ou fazer esforço físico.
O que NÃO funciona (e o que pode ajudar)
Apesar dos vídeos na internet ensinando a “fechar a diástase com exercícios”, a verdade é que o sucesso dessas abordagens depende do grau do afastamento. Nos casos leves, a fisioterapia e o fortalecimento muscular podem ajudar, sim. Mas quando o afastamento ultrapassa 2 cm ou compromete a função da parede abdominal, a cirurgia é o tratamento mais indicado.
Como é feita a cirurgia?
O tratamento cirúrgico da diástase é conhecido como plicatura dos retos abdominais. Em termos simples, o cirurgião aproxima os músculos da parede abdominal e reforça a linha alba com suturas internas, reconstruindo a firmeza do abdômen. Em alguns casos, pode ser necessária a colocação de uma tela cirúrgica para garantir maior estabilidade, especialmente em pacientes com flacidez significativa ou que também apresentam hérnias associadas.
A técnica pode ser feita:
- De forma isolada, apenas para correção funcional;
- Ou associada a uma abdominoplastia, quando há excesso de pele e gordura.
Recuperação e resultados
A cirurgia costuma ser segura, com resultados duradouros. Após o procedimento, o paciente deve:
- Usar cinta abdominal por algumas semanas
- Evitar esforços físicos nas primeiras 4 a 6 semanas
- Retomar gradualmente a rotina, conforme orientação médica
O ganho não é apenas estético. A cirurgia melhora a postura, reduz dores nas costas e devolve a confiança para atividades do dia a dia.
Quando procurar um cirurgião?
Se você percebe um abaulamento na barriga ao levantar da cama, sente que o abdômen está “fraco” mesmo após exercícios, ou passou por uma gestação e não reconhece mais sua musculatura abdominal, vale uma avaliação. O diagnóstico é clínico e pode ser confirmado com exame físico ou ultrassonografia.
Dr. Maurício Garcia Justo – Cirurgião Geral
Especialista em cirurgias abdominais, hérnias, diástase…
🩺 Atendimento humanizado, com foco em segurança, técnica e confiança